24.5.05

Necessidades Diárias

por Lama Surya Das

Em um velho caderno, encontrei uma lista de "coisas para fazer", sob o título "Necessidades Diárias".
Refletindo sobre algumas destas práticas e trazendo-as para sua vida, transformações certamente ocorrerão.

Medite

Esteja atento / Permaneça desperto

Reverencie


Pratique ioga


Sinta


Louve e Cante


Respire e Sorria


Relaxe / usufrua / Ria / Brinque

Crie / imagine

Solte / Perdoe / Aceite

Ande / Exercite-se / Mova-se

Trabalhe / Sirva / Contribua

Ouça / Aprenda / Investigue

Considere/ Reflita

Cultive a si mesmo / Aprimore-se no que sabe fazer

Cultive o contentamento

Cultive a flexibilidade

Cultive a amizade e a colaboração

Abra-se / Expanda-se / Abarque mais

Anime-se

Sonhe

Comemore e aprecie

Agradeça

Evolua

Ame

Compartilhe / Dê / Receba

Ande suavemente / Viva gentilmente

Expanda / Irradie / Dissolva

Simplifique

Entregue / Confie

Nasça de novo

16.5.05

Contemplação Tao

por Liu I-ming

Madeira e Carvão,
Argila e Tijolo

Quando exposta por um longo tempo, a madeira apodrece; mas queimemo-la, tornando-a carvão, e ela jamais apodrecerá. A água e a terra combinam-se para fazer a argila, que se dissolve na chuva; queimemo-la, transformando-a em tijolo, e ela durará indefinidamente.
O que percebo quando observo isso é o Tao do arder para cultivar a realidade. A razão pela qual as pessoas são incapazes de atingir o Tao é o fato de ainda não terem sido "queimadas" na fornalha da Criação.
Se caminharmos com todos os passos no terreno da realidade, no interior da fornalha da Criação, experimentando tudo o que aparecer, permanecendo no portal da vida e da morte sem vacilar, como o ouro que fica mais brilhante quanto mais é queimado, como um espelho que fica mais claro quanto mais é polido, queimados e polidos até alcançarmos um estado de íntegro brilho, clara nudez, liberdade pura e simples, onde não há ser nem não ser, onde os outros e o eu se tornam vazios, teremos alcançado a sublimação mental e física, e a fusão com o Tao na realidade. É como a madeira e a argila passando pelo fogo para se tornarem carvão e tijolo sem jamais decair.

9.5.05

Assim ela é. Apenas isto.

Esta é a sua vida. Bem aqui. Neste momento. Apenas isto.
Sua vida é o seu caminho. Não deseje o caminho de outras pessoas. Não deseje o que viu, o que pensou. Não se perca em expectativas. Deixe acontecer.
Descanse a mente. Deguste a magia do presente momento.

"A vida se esgota enquanto nos preparamos para viver".
- Ditado Tibetano

6.5.05

Não reclame

"If you don't like the effects, don't produce the cause".

-Funkadelic

4.5.05

Impermanência

A felicidade física é apenas um equilíbrio ocasional dos elementos no corpo e não uma profunda harmonia. Entendamos o temporário pelo que ele é.

Quando a educação tradicional se estabelece em nossa mente, criamos juízos que nos permitem raciocinar e reconhecer de forma correta a realidade circundante. Este juízo, no entanto, não é totalmente abrangente; ao se estabelecer, cria um processo automático de construção da experiência de realidade, deixando-nos aprisionados em suas opções.
A estreiteza das opções só é percebida quando essas "estruturas cognitivas" de realidade não mais proporcionam resultados satisfatórios, ou seja, quando a impermanência desaba sobre o conhecimento que antes parecia seguro e permanente. Percebemos então, que o problema não está num determinado tipo de estrutura, mas no fato de que o conhecimento baseado em quaisquer estruturas separativas é naturalmente frágil e precisa manter claro o reconhecimento do limite de suas verdades.

Somos feitos de forma, sentimentos, percepções, formações mentais e consciência - todos em mutação a cada momento. Portanto, não existe um "eu" permanente, que tenha existência independente. Não existe um "eu", ou ego, que seja fixo ou eterno. Tudo muda de acordo com as leis de causa e efeito. Tudo faz parte de um fluxo de mudança.

É muito libertador quando solto minhas convicções sedimentadas. O não saber é algo muito libertador. Na verdade, é melhor não saber nada do que o contrário. Não se trata apenas de esvaziar o hard disk, mas sim de permitir o update incessante de informações. Permitir a reinterpretação dos dados antes de alocá-los.
Uma abordagem aberta, que acompanhe a impermanência da realidade, deixa espaço para nos maravilharmos e experimentarmos aquilo que está além da mente racional.